quarta-feira, maio 03, 2006

Tesouros que encontrei nas alamedas de minha vida.









Em caso de poemas difíceis use a dança.
A dança é uma forma de amolecer os poemas
endurecidos do corpo.
Uma forma de soltá-los
das dobras dos dedos dos pés. Das vértebras
dos punhos. Das axilas. Do quadril
o poema cóccix. O poema virilha
o poemas olho. O poema peito,
o poema sexo. O poema cílio
ultimamente ando gostando de pensamento chão
pensamento chão é poema que nasce do pé
é poema de pé no chão
poema de pé no chão é poema de gente normal
gente simples e sádia.


A dança é qualquer coisa que nasceu com o próprio Homem, e é uma expressão, simultaneamente, de liberdade e de alegria. É um reflexo, "do que nos vai na alma". A comunicação começa e fundamenta-se entre o gesto e a palavra.

A dança é um desenho contínuo, um cruzamento de ritmos, uma acentuação de valores em que se vai do silêncio ao grito e que o primeiro é tão importante como o segundo. Isto é, o não-movimento é tão importante como o movimento. Esses movimentos exteriores são o resultado de movimentos interiores, pois tudo começa dentro de nós. Essa ânsia, esse desejo permanente, de decifrar o tal enigma do Universo é que vai criar todas as coreografias, todas as palavras, pois a dança já há muito que deixou de ser apenas movimento de corpo. O artista desenha porque não pode deixar de desenhar, o escritor escreve porque não pode deixar de escrever e o bailarino dança porque não pode deixar de dançar! Paixão pelo movimento porque, em última análise, a dança é uma exaltação do corpo e que tem muito que ver com toda a história, com toda a aventura, da pintura e da escultura. Enquanto esta é o aprisionamento de uma atitude, a dança cria em permanência essa atitude.

Andamos numa permanente dança no "comércio" da vida - no "grande teatro do mundo", e o que é importante é que os nossos gestos e atitudes funcionem com honestidade, sinceridade e interioridade.


Dançam meus olhos,
bailarinos trôpegos,
ávidos de movimento,
de beleza e luz,
de eternizar a arte
divina e imortal
na ponta desses pés...



Eu danço...
A música me envolve
como se fôssemos
uma só pessoa,
um só acorde...
meus passos seguem,
meus braços acompanham,
meu corpo é movimento
dos sonhos que sonhei pra mim...
Meu nome, minha música,
minha vez...
Então sou bailarina, princesa,
sou cigana...
O que teus olhos seguem,
o que tuas mãos aplaudem...
O coração que bate,
a leveza que encanta,
o sorriso que espera...
Eu vivo esse momento,
eu sou essa emoção...
Eu danço.


EU AMO VOCÊS!!!!
BJS
ADRY

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